Hoje os
participantes do 1º turno do projeto “Cinema: experimentar, conhecer, realizar”
fizeram uma nova e deliciosa viagem sobre a história do cinema com a sessão do
filme “A Invenção de Hugo Cabret”, Martin Scorsese, 2011, 126 minutos, baseado
no livro homônimo de Brian Selznick.
Mais do que um passeio pelo universo do cineasta, desenhista e mágico francês Georges Méliès (1861/1938), “A Invenção de Hugo Cabret”, de Martin Scorsese, é uma fusão da fantasia do cinema com a criatividade da literatura. Eles se configuram nos adolescentes Hugo Cabret (Asa Butterfield) e Isabelle (Chlóe Moretz). Ele é cerebral, solitário, desconfiado, ela toda fantasia, sensibilidade, perspicácia.
O conflito bélico de 1914/1918, com sua carnificina e fim
tardio do século XIX, tornou Méliès
cético com o futuro de sua arte. “As pessoas perderam a capacidade de
sonhar”, desabafa. É sua reação ao seu desencanto, falência e ostracismo. Estes
fios, puxados por Scorsese, a partir do livro de Brian Selznick, dão ao filme
um sentido adverso à homenagem pura e simples. Remete à frustração com o
capitalismo no século XXI. É como se ele dissesse: vivemos o ocaso de uma época,
vamos sonhar com o cinema!
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