Segundo dia da 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul

Na quinta-feira, 26/03, seguimos com a programação da 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul, com a exibição dos programas 3 e 4. À tarde exibimos o filme do programa 3, A VIZINHANÇA DO TIGRE, Affonso Uchoa,  95’ que retrata a vivência de Juninho, Menor, Neguinho, Adilson e Eldo que são jovens moradores do bairro Nacional, periferia de Contagem (MG) que divididos entre o trabalho e a diversão, o crime e a esperança, cada um deles terá de encontrar modos de superar as dificuldades e domar o tigre que carregam dentro das veias.   

                                  

Ao final da exibição do filme, nossos alunos de 9º ano e o grupo da Melhor Idade (Secretaria da Melhor Idade SEMI – CEMEI), tiveram a oportunidade de interagir através do valoroso bate-papo direcionado  pelo Professor Paulo Roberto Araújo que muito contribuiu para o entendimento da temática direitos humanos abordada nessa obra cinematográfica.

Às 18 horas, dando seguimento a programação, mais uma vez o Professor Paulo Roberto Araújo foi o dinamizador da conversa após a exibição do filme do programa 4, QUE BOM TE VER VIVA, Lúcia Murat,  BRASIL, 1989, 95`, em que, duas décadas depois, oito ex-presas políticas falam sobre a luta e a tortura vividas durante o regime militar brasileiro e a experiência de ter sobrevivido. Entre os depoimentos, delírios e confissões de uma personagem anônima, interpretada pela atriz Irene Ravache, reflete sobre o peso de ter sobrevivido lúcida às torturas. O professor Paulo nos conduziu a uma reflexão sobre o tema em tela, relatando experiências de convivência com duas das depoentes e do acesso que teve a documentos da época.    

Ainda nesse programa, ressaltamos a brilhante apresentação do TCC – Teatro Cabofriense de Comédia com a cena curta “Ditadura” com Direção de Kéren-Hapuk, Lauren Christie e Nathally Amariá, Direção Corporal e Sonoplastia de Jiddu Saldanha, em cena Kéren-Hapuk e Nathally Amariá e contou nesta apresentação também com os Contrarregras Beatriz Ebecken e Danilo Tavares. O texto é de Nathally Amariá baseada na ditadura dentro de uma abordagem psicológica e falando também da questão da mulher suscitando questões, como feminismo, ditadura social, libertação.